
A trama tá muito mastigadinha, muito auto-explicativa. Os personagens contam a história e contam mais uma vez para reforçar a idéia no espectador. Imagino que isso ocorra devido a heterogeneidade do público-alvo: os espectadores são de todas as classes, e é notório que as pessoas da classe C ou D não tem o mesmo conhecimento que as pessoas da classe A ou B. Não quero ficar discutindo sobre essa questão educacional, pois todos que acessam o blog sabem desse problema, então não é necessário ficar batendo na mesma tecla (além do mais, como é começo de novela, geralmente o texto vai se aperfeiçoando, se adequando ao público com o tempo).
As atuações também não foram desastrosas, com a exceção de alguma interpretação mecânica aqui e ali (como aquela atriz sócia do Sócrates, que teve um desastroso diálogo em inglês), o elenco no geral é bom. Sem contar que a novela tem bons atores, como Taumaturgo Ferreira, Ricardo Petraglia, Patricya Travassos, André di Biase, André Mattos, Gabriel Braga Nunes e o ótimo José Dumont.
Para finalizar, acho que a série merece uma conferida. É uma jogada arriscada da Record em apostar numa série em ficção científica como essa. Como adoro histórias relacionadas a super-poderes, vou assistir a novela para ter uma opinião mais fundamentada. Aliás, acho muito estranho quando as pessoas dizem que a série é uma cópida de Heroes. Vamos combinar que Heroes também não é nem um pouco original (além de possuir inúmeros defeitos). É como disse o autor Tiago Santiago (responsável pelo enorme sucesso de Prova de Amor), a inspiração veio mesmo de X-Men e em histórias gregas que tmabém possuiam esse imaginário fantástico. Além do mais, como a emissora já exibiu uma propaganda incluindo trechos da série americana, não acredito que ela vá deixar de passar na tv aberta.